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21 agosto 2010

Fanfic - Aphrodite's POV

Olá pessoal,
Para começar, trago uma Fanfic sobre Aphrodite na Morada da Noite. A história é narrada pela própria Aphrodite e então conta um pouquinho como ela era, porque Erik e ela viviam brigando, fala dos desejos, angustias e pensamentos dela. Tudo com sarcasmo e ironia e de forma bem egoísta, isso é, jeito bem Aphrodite de ser, rs. O nome da fanfic é 'Aphrodite's POV' e quem nos enviou foi Kim Riddle.

Capítulo 1 - O Reinado

Aphrodite LaFont
A Filha das Trevas
House of Night fanfic
- Ah, baby...baby! Você salvou minha vida!- Não, não se engane. Eu não falava com nenhum cara, por mais essenciais que eles fossem em certos momentos, nunca diria que um deles salvou minha vida, porque simplesmente se alguém tiver que salvar minha vida, esse alguém será eu mesma. Sim, é isso que você está pensando, eu sou uma feminista, e assumo isso com orgulho, sou uma beleza entre Marilyn Monroe e Audrey Hepburn, isso é, mais que um rostinho bonito. À quem eu realmente sou grata é alguém superior à meros garotos, alguém muito maior que Deus, Alá, Javé..ou sei lá eu em o que você acredita.
Olhei mais uma vez para minha imagem refletida no espelho, conforme eu realizava meu discurso interior ela parecia brilhar, como se de repente ali tivesse sido banhada por pequenos Cristais Swarovski (ou você esperava me ouvir falar glitter?...tenha santa paciência, que Nyx tenha piedade de você, porque eu não tenho). Ela pertencia à mim, e só à mim. De certo havia sido feita para complementar meu rosto,...como quando você viaja à Europa atrás de um estilista renomado para fazer o seu vestido de debutante, que será único, será você. Assim era aquela pequena marca para mim, era eu. Me resumia em um único desenho de lua crescente, perfeitamente centralizado em minha testa. Minha salvação do medíocre mundo humano. Minha marca...minha...
Fui interrompida por um "toc-toc" na porta. Revirei meus olhos azuis, que naquele momento pareciam mais escuros de irritação, e respirei fundo. Ser uma aprendiz à Grande Sacerdotisa e ser líder das Filhas das Trevas me custava muita, mais muita paciência.
- Aphrodite!- Disse a voz do outro lado da porta. Reconheci no mesmo instante. Era a voz estridente de Enyo, e provavelmente Deino devia estar junto, aquelas duas, desde que chegaram aqui, não me deixaram em paz.
Tomara que tenham me trazido meu café. Descafeinado e adoçado com aspartame. Pensei. Era bom ter seguidoras por esse lado - era assim que elas gostavam de ser chamadas, mas na minha opinião eram escravas, e não passariam disso. O que ganhavam com isso? Um pouquinho de fama, graças à minha pessoa, é claro.
Abri a porta de meu quarto, exclusivamente meu quarto, desde que a cara pálida da Venus havia se afogado em seu próprio sangue - uma vez marcados, temos duas opções: Ou completamos a transformação e nós tornamos vampiros, ou morremos. Simples assim. Enfim, como pode perceber minha colega de quarto não agüentou a pressão e cedeu a morte, não que ela tivesse escolha, nenhum de nós tem. Como era de se esperar Enyo e Deino estavam paradas a porta com sorrisos entusiasmados. Deino trazia a mão um daqueles copos térmicos típicos do Starbucks, que por um instante me fizeram lembrar de como eu costumava passar neles por volta do nascer do sol depois das festas de apartamento típicas do colegial- credo como minha vida humana era maldita. Eu havia nascido para ser vampira, não havia sombra de dúvidas.
- Espero que desta vez ele seja descafeinado e adoçado com aspartame!- Elas assentiram no mesmo instante em um movimento de positivo com a cabeça. Eram que nem filhotes de labrador, burro que só eles, mas um dia todos nós esperamos que aprendam a diferença entre "animal idiota" e "bom garoto". Não que eu gostasse de cachorros, na verdade dentre os animais mais imundos, certamente cachorros seriam um dos primeiros, mas particularmente eu também não me simpatizava muito com"Greenpeace thoughts" , portanto uma distância mínima de 5 metros de qualquer animal estava bom o suficiente para mim.
Peguei o café e tomei um gole. Com certeza desta vez elas haviam acertado. Sorri de forma antipática, mas elas pareceram levar o sorriso de forma contrária, porque sorriram de orelha à orelha feito idiotas.
- Aphrodite! Esse seu vestido é simplesmente L-I-N-D-O! – Foi a vez de ouvir a voz de Deino, que conseguia quase superar o teor de "irritância" de Enyo.
- É, eu sei! – Sorri desta vez de forma verdadeira. Que mulher consegue resistir à elogios quando se trata de suas vestes e você tem a certeza absoluta de que está arrasando nelas? – Totalmente francês! – Sorri com orgulho e dei uma voltinha completa. Era um vestido preto, que a primeiro olhar era básico, mas uma vez que você ficasse perto o suficiente viria pequenos pontos brilharem, pontos os quais combinavam perfeitamente com minha marca, uma vez que era do mesmo tom que a marca escura em minha testa. O corte era modesto nas costas e no comprimento, era um palmo e meio acima do joelho, e nas costas ele fazia formato de "V", acompanhado por cristais transparentes por todo o acabamento, que com a mínima presença se luz refletia. Na parte da frente era um pouco diferente. Acinturado, destacava perfeitamente a curva da cintura, lembrava um vestido medieval por um instante, mas o decote avantajado logo acima lembrava-nos que estamos no século XXI. Ahhhh...século XXI, com certeza eu havia nascido no século certo!
- Erik vai tipo assim...- Deino continuou, mas foi logo interrompida.
- Surtar!- Enyo completou empolgada, como se eu, Deino e ela fossemos "Best friends forever". Odiava quando elas começavam com essa modinha de uma completar a outra como se tivéssemos 7 anos de idade (não que a idade mental delas fosse muito superior a isso). Mas de uma coisa elas estavam certas, Erik iria surtar. Erik era tipo assim, o cara mais gato do mundo. Moreno, alto, musculoso, popular (por isso eu e ele somos o casal perfeito) e com olhos azuis que me faz ter sede só de lembrar ( só não são mais perfeitos que os meus), bom e o principal, meu namorado,..o oficial, quero dizer.
Sorri satisfeita com os elogios e virei o resto de meu café.
- Licença garotas, mas agora vou à minha missão de fazer meu Erik surtar. – Esbanjei um sorriso de canto com malicia, larguei o copo térmico na mão de Enyo e passei entre elas. De certo meu futuro Brad Pitt devia estar ensaiando alguma peça tediosa de Shakespeare. Era uma das únicas coisas que me irritava nele, essa mania de teatro fazia ele parecer um nerd totalmente tedioso e brochante , só até o momento que ele me visse, porque ai as coisas mudavam, se é que me entende.
Desci as escadas de forma glamorosa, tenho que admitir, que para uma pessoa usando uma sandália prata, delicada e nada baixa, eu me sai muito bem. Não que eu estivesse surpresa. Passei por um instante pela sala de TV, onde em geral povos estranhos, isso é nerds nojentinhos, se reuniam para assistir Harry Potter & Cia. Uma vergonha para a Morada da Noite, não?... Também acho.
Os olhares curiosos se voltaram para mim, estava acostumada, sempre fizeram parte do meu show. Torci levemente meu delicado e arrebitado nariz para eles e sai da sala. Suspirei ao sentir o cheiro da madrugada ( que para nós, vampiros/novatos, correspondia ao nosso dia). O vento da noite atingiu minhas perfeitas madeixas loiras e por um lado levei a cabeça levemente para trás, como se aquele ar me nutrisse, de certa forma, na verdade nutria. Que horas deviam ser agora? ...Provavelmente umas 4 e meia, já que as aulas já haviam se encerrado e eu tivera tempo para o meu banho favorito do dia, isso é...meu banho pré- Erik.
Ai, ai..Erik...Erik...
Atravessei o campus da Morada da Noite em direção ao prédio onde a maioria das aulas era ministrada. Erik devia estar trancado em alguma das salas com a professora Nolan, ai que raiva daquela atriz de quinta categoria, até moi, que confesso não ter muito talento para drama artificial (os reais que realmente me cativavam), me saía melhor que ela. Só Erik e mais uns nerds pareciam dar crédito à ela. Era incrível como todos viravam farabuntos após as aulas. Os corredores estavam praticamente vazios, isso é, os que não estavam plantados na frente da TV, estavam se enchendo de carboidratos até não terem mais veias livres. Depois, quando assistem American's Next Top Model ficam se lamentando...ninguém merece!
Finalmente ouvi a voz que procurava. Era excitante ouvi-lo...imagine tocá-lo...e...ai ai. Vinha do final do corredor. Ele parecia estar encenado, pela milionésima vez esse mês, Romeo & Julieta. Sempre depois dos encontros, quando ele está me levando de volta ao dormitório, ele me faz questão de dizer como eu sou a inspiração dele para interpretar Romeo. Na maioria das vezes eu rio, tento não soar em forma de deboche, mas sinto que as vezes ele percebe, não se tem muito o que fazer quando a gente não pode dizer o mesmo...não se engane, Erik e eu funcionamos bem, tanto na Química, quanto na Física, e ele é gato e tudo mais,...mas as vezes é tão ...tão...chato. Acho que é essa a palavra, começa a falar de notas, e de livros...e dessas coisas, quando eu apenas quero montar nele e ponto final. Sabe, falta praticidade nele, é isso. Praticidade...Prati..-...
Eu parei de conversar comigo mesma ao me deparar com a cena que podia ser vista de poucos metros da porta final do corredor. Erik Night, vulgo meu namorado, estava vestido com roupas medievais e logo a sua frente, com poucos centímetros de distanciamento, estava a caipira Texana também vestida medievalmente, mais conhecida como professora Nolan ( ela e aquela novata, Stevie sei lá das contas, fariam uma boa dupla de quem assassina mais o senso de moda da Morada da Noite). Sinceramente, Erik desta vez tinha conseguido se superar, era obvio a falta de profissionalismo que essa professora tinha, mais uma chance e ela era capaz de abusar dele ali na sala, ok posso estar exagerando um pouco, mas a maneira que ela o olhava era muito mais Julieta do que se esperava de uma artista de quinta. Adentrei a sala sem pensar duas vezes, pouco me importava se ela era ou não uma professora, não estava mais em seu horário de aula. Os dois se desconcentraram completamente com o estalo da porta ao ser aberta.
- Olá...senhor Night..- Eu pisquei para Erik fingindo soar formalmente.
Ele deu um sorriso de quanto, mas antes que pudesse falar algo a matraca albina abriu a boca.
- Senhorita Aphrodite!...Peço que por favor, mantenha o senso de boas maneiras que tenho certeza que seus pais lhe deram, e bata na porta antes de adentrar...- Não era totalmente uma bronca, ela não ousaria, mas era uma repreensão que fez com que Erik até tirasse o sorriso de canto dos lábios e ficasse totalmente tenso.
Para que bater na porta?...Para no caso de você estar assediando meu namorado ter tempo de se recompor? Eu pensei comigo mesma, encarando de forma vazia a professora. Sabe esse era o lado bom de ter pensamentos reservados. Bem, deixe- me explicar. Os professores tem acesso à mente da maioria dos novatos, mas por alguma razão divina, sim eu acredito ser divina, porque uma benção dessas só poderia vir de Nyx, nenhum deles, até hoje, conseguiu ler minha mente...o que torna tudo bem mais simples para mim.
- Me desculpe...- Fingi estar arrependida e lhe dei um sorriso amarelo. Meus dons dramáticos com certeza superavam os dela, porque de onde eu estava senti Erik relaxar. Tudo que eu queria agora era escapar com meu Romeo.
- Bem acho que terminamos por hoje, Erik. – Ela por fim o liberou e me lançou um olhar de reprovação como se de repente tivesse lido minha mente. Senti um calafrio só de pensar.
Mas claro que era impossível... Pelo menos até onde eu sabia, e eu esperava que continuasse desse jeito.
Erik deu um sorriso para a professora que preferi ignorar, por que meu namorado tinha que ser um completo nerd?...Bem todos tinham defeitos, fazer o que? O meu era ser linda demais...é acontece. Por fim ele fez a saudação de despedida e me abraçou a cintura com um de seus braços musculosos e assim saímos da sala. Senti o olhar dela em minhas costas, mas tinha um pedaço de mal caminho do meu lado, então era preferível ignorar professoras invejosas.
- E então o que iremos fazer hoje?- Ele disse em um quase sussurro enquanto já estávamos na metade do corredor.
Eu sorri maliciosamente e lhe depositei um beijo no pescoço, ao mesmo tempo delicado e cobiçoso. Com certeza diria por tudo, mas fiz questão de complementar com palavras.
- Meu quarto. Vazio. Só pra gente.- Disse pausadamente as palavras enquanto saíamos do prédio e de uma risada levada ao final.
- Mas já é a terceira vez em quatro dias que vamos para o alojamento feminino depois do toque de recolhimento...- Ele não terminou, eu interrompi antes.
- Então vamos fazer quatro vezes em quatro dias, oras! Credo, Erik! Até parece que você não gosta de quando ficamos lá...- Respirei fundo para não perder a paciência com meu namorado certinho, que estava extrapolando no sentido de ser politicamente correto.
- Você sabe que não é isso...- Ele disse com uma voz cansada que eu pensei que a frase acabava ali, mas então ele continuou. – É só que...eu não quero só isso com você,...quero dizer, cara, você é boa, certamente,...mas eu quero fazer outras coisas com você...
Revirei os olhos, dava pra ser mais careta?
- Tipo o que? Ler um livro na poltrona da sala dos nerds?...ou pior...assistir Senhor dos Anéis com eles?
- Ué, não seria uma má idéia alguma coisa assim...
- Erik!_ Eu o interrompi antes que aquelas palavras queimassem mais meu ouvido. – Qual é o seu problema?
- Não é questão de...- Ele recomeçou, mas eu o intervi.
- Não é questão?...- Eu ouvia minha voz irritada contestar. – Qualquer cara que eu conheço ficaria totalmente satisfeito em passar a noite no quarto da namorada. Tenho certeza que muitos deles achariam o programa ideal. Por que... mas me diz por que você precisa ser do contra? Por que precisa tentar fazer as coisas darem certo de forma perfeita e totalmente entediante. – Estávamos na porta do dormitório e eu tinha quase certeza de que minha voz poderia ser ouvida sem dificuldades por qualquer cretino que estivesse assistindo alguma merda na TV. – Quando vai perceber que não somos Romeo & Julieta?
- Porra, Aphrodite!- Ele parecia realmente magoado, e se eu tivesse um pouco de piedade em meu coração provavelmente ficaria com dó dele- Eu quero namorar com você...não com a sua bunda!...E é isso que você acha de mim por tentar te amar?... Um cara totalmente entediante? – Ele me olhou nos olhos e pude ver a dor refletida em seus cintilantes olhos azuis. Pareciam mais escuros que o normal, como se uma inundação de lágrimas estivesse por vir. Se ele começasse a chorar ali, eu juro, estaria tudo acabado de uma vez por todas! Não nasci pra limpar lágrimas de ninguém, muito menos de marmanjo. – Pensei comigo mesma.
- Emoção não move o mundo, Erik.- Disse aquelas palavras finais com especial frieza e adentrei ao dormitório feminino sem se quer olhar para trás. Ouvi um ultimo suspiro triste vindo dele.




E ai, o que acharam? Gostaram? Querem  mais?
Então esperem que semana que vem eu posto o segundo capítulo
E lembrando, se você tiver uma fanfic é só mandar pro nosso e-mail - houseofnightbr@yahoo.com.br -

Merry Meet, Merry Part, Merry Meet Again para todos!

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