Trago para vocês o segundo capítulo de APHRODITE'S POV :D
Capítulo 2 - Eu Te Amo
O que será que havia de errado com os caras de hoje em dia? Vou confessar uma coisa, sinto falta dos bons filhos da puta que gostavam de massacrar coraçõeszinhos.
É, esse praticamente havia sido o temo dos meus pensamentos durante a aula de Sociologia, ministrada pela ovelha negra da família Weasley( às vezes é necessário assistir alguns filmes rico emnerdiçe), mais conhecida como Neferet. Parecia que só eu via o quanto aquela ruiva maldita era controladora, juro, todos caíam aos pés dela, e olha que ela era apenas uma beleza comum (mesmo que você tenha ouvido o quão elegante e exuberante ela é, não se engane. Bom, se você me conhece, sabe o por que!). Confesso que quando cheguei aqui ela quase me levou com o papinho dela de "vamos dar o melhor para nossos alunos", sinceramente, se um dia você estiver na seca e desesperado e ela fizer seu tipo, a procure. Dar é com ela mesmo. C-R-E-D-O! Isso que dá ficarmos vagando após as aulas pelos corredores, descobrimos coisas que eram melhor ter ficado em seu canto.
Mas o ponto mais inacreditável do meu dia não foi ter ficado falando mal de como os homens eram totalmente chatos hoje em dia, ou de como a aula de Sociologia é totalmente inútil quando se tem uma inteligência que nem a minha, ou muito menos de como Neferet andava cheia de sardas, mas sim quando eu vi a cena maisbizarra do mundo. Estávamos no almoço, como de costume minha mesa, a mais cheia e mais empolgante, conversava em alto e bom som, quando todos se viraram no mesmo instante para onde meus olhos estavam paralisados (sério, acho que aquilo era mais bizarro que se o professor Dragon – nosso professor de esgrima- decidisse que trocaríamos a próxima aula de defesa para aprendermos a dançar "Poker Face").
Erik vinha vindo chamando a atenção, como de costume. Trazia uma bandeja totalmente saudável em mãos ( ele era um tremendo puxa saco dos vampiros, mas também não era gostoso à toa) e sua atenção e seu caminho foram interrompidos quandoDamiengay–um novato que havia chegado na Morada da Noite não há muito tempo e era totalmente gay- deixou um punhado de guardanapo cair no corredor ao lado de sua mesa, isso é o caminho pelo qual Erik vinha vindo.
Ele não vai se abaixar para pegar! Pensei comigo mesma e arregalei os olhos na expectativa de que ele tirasse onda do garoto. Mas como eu não esperava ( e acredito que muita gente também não, porque todos pareciam incrédulos) meu pesado se concretizou. Na maior pinta de bom moço, Erik se abaixou e pegou o guardanapo no mesmo instante, passando a segurar a bandeja com apenas uma das mãos (não pude deixar de notar em como o músculo de seu braço se sobressaltou, gosh, ele era forte!...mas enfim voltando ao meu pesadelo), ele entregou com um sorriso tão simpático que me deu nojo. Será que ele não percebia que dar bola para o garoto afeminado só ia abrir caminho para ele passar a ter um fã clube também masculino (porque o feminino já era enorme). Damien pareceu extremamente surpreso, não era para menos, a mínima atitude que se espera de um cara popular supercoolé que ele jogasse o guardanapo no prato do garoto e depois cobrisse sua cara com eles, ou coisa assim, mas não, Erik tinha que ser diferente, tinha que agradar a todos. Pude ouvir o suspiro do garoto gay...eeeeeeeeeeeeeeeeeeeca!
Sinceramente, depois daquela cena só me restava vomitar.
Sai do refeitório sem terminar meu almoço, aquilo me tirou completamente meu apetite. Às vezes parecia que ele fazia de propósito, só para ver até onde eu suportava. Será que ele queria ver meu limite?...ou pior será que ele estaria passando para o lado dos garotos afeminados?...Não...isso não, seria um desperdício completo, ele não faria isso.
Ultimamente eu e Erik andamos assim, mais brigando do que outra coisa, mas a verdade é que ele começou a se comportar assim de uns meses para cá, antes nossa relação funcionava muito bem na base do sexo e ponto final. O que eu acho disso?...Bom minha opinião é que ele anda se entregando muito as aulas de teatro e venha confundido as coisas, quero dizer, já se passou o tempo em que garotas eram cortejadas e tudo mais.HELLO, ERIK! De qualquer forma tentar mais um pouco não faz mal, afinal ele é o cara mais gato da Morada, ele tem que ser meu, claro. Porém, essas brigas acabam hoje. Tenho meu plano perfeitamente esquematizado. Hoje, depois do Ritual da Lua Nova, comandado por moi,meu moreno sarado não escaparia.
Fui direto para meu quarto sem a intenção de parar pelo caminho, mas Neferet interviu em meus planos.
- Espero que tudo esteja pronto para hoje a noite...sabe como prezo os Rituais de Lua nova.- Ela disse fingindo ser simpática e preocupada, mas a verdade é que, se eu quisesse podia contratar gorilas para fazer acrobacia e ela nem ligaria...do jeito que Neferet andava ultimamente.
- Está tudo pronto... – Fiz a referência a ela a contra gosto, mas eu não tinha muita escolha, e ela retribuiu. – Aliás, gostaria de pedir, se a senhora me permitir, é claro, que eu falte à aula de Equitação hoje. – Dei um suspiro com elevado teor de drama. – Sabe como é...quero que tudo saia perfeito, como em todos os meus rituais..e digamos que ainda preciso de alguma preparação para meu discurso. – Sorri fingindo ser uma aluna dedicada. Não sei quem era a mais falsa naquele momento, eu ou ela.
- Bem...acho que um dia não terá problema. - Sorri imediatamente, era tão bom saber que ela não conseguia ler minha mente. Que se preparar para ritual o que, eu ia era me preparar para minha noite intensa.
Fiz a referencia desejando ser dispensada e assim fui no mesmo instante que ela retribuiu. Segui para onde deveria ir: meu quarto.
Um coisa que se deve saber sobre a minha pessoa, antes de dizerem que não mereço ser Líder das Filhas das Trevas, ou coisa do tipo. Meu ritual é preparado com extrema antecedência, desde coisas como trilhas sonoras sensuais, até coisas essenciais como os geladeiras. As palavras que eu dizia lá na frente simplesmente vinham na hora, sabe como é...quando se tem o dom pra coisa, não é preciso se preocupar muito.
Adentrei ao dormitório feminino e passei pela sala de TV às pressas, tudo o que eu menos queria era encontrar as puxa sacos da Deino e Enyo. Como elas conseguiam ser tão tapadas? Se bem que, para uma coisa elas serviram, me arranjaram uma geladeira para esse ritual. Entrei no meu quarto e de repente me senti melhor do que nunca. Como era bom estar ali, em meu lugar. Era incrível como meu gosto para decoração era diferente (e entenda, quando eu digo diferente quero dizer: melhor!).
Minha decoração, assim como meu guarda-roupa, é trocada a cada dois meses, ...mas confesso que meu guarda- roupa pode vir a ser trocado antes, enfim o importante é você saber que meu senso de estilo é tão bom quanto o meu de decoração.
Momentos de "idolatração" a parte, vasculhei meu guarda-roupa atrás de minhas vestes para a grande noite. Lá estavam, totalmente perfeitas, como sempre. Deixei-as em cima de meu edredom de malha italiana e fui para meu demorado banho. Precisamos nos preparar para ocasiões como essas, sabe...né. Meu banheiro era totalmente feito por mármore cor de gelo- que também eram trocados com certa freqüência. Era impecável e parecia um banheiro feito dos sapatos de cristais de Cinderella...( qual é, eu também tive infância!). O chuveiro, ou melhor meu trio de chuveiros, eram totalmente relaxantes, ficavam junto a uma banheira de hidromassagem relativamente grande, que era como meu próprio SPA. Mas meu sonho de consumo ainda era um daqueles chuveiros Vichy (nota para mim mesma: colocar na lista de reforma da próxima repaginada). Me despi e entrei no chuveiro que já inundava a banheira com água morna. De repente foi como se eu não pertencesse mais aquele mundo, me entreguei totalmente à água que correria sem hesitar pelo meu corpo. Meus cabelos loiros de repente começaram a pesar, totalmente encharcados contra minhas costas e sim, eu estava no céu. Viu o que eu quero dizer quando digo que o quarto era exclusivamente meu? Eu poderia demorar minha eternidade naquele chuveiro e nenhuma criatura ousaria a me interromper. Como eu queria meu Erik ali...como eu queria...
Sai do banho tendo a sensação de alma lavada. Não sei exatamente o quanto tempo demorei ali, mas sei que não foi pouco, porque o céu totalmente escuro no ponto alto da noite começava a clarear em um tom ainda escuro, mas não tão preto, mais para um azul marinho. Vesti meu vestido preto (eu tinha como tradição um vestido preto para todos os Rituais, preto era de longe uma das minhas cores preferidas, sempre estava com algo preto. Desta vez ele não era mais tão básico quanto o outro, era de puro glamour. Era mais curto e mais avantajado nos decotes, hoje eu mostraria a Erik o que é pirar. Na cintura tinha detalhes como se o vestido fosse estraçalhado por garras muito afiadas, mas ao invés de mostrar pedaços de minha cintura (o que não haveria de ser má idéia também), ele destacava um tecido prata totalmente brilhante que reluzia a toques mínimos de luz. Minha sandália de salto agulha completava o look totalmente elegante, resumindo: totalmente Aphrodite!
Ao me olhar no espelho de corpo todo, quase pronta, vi o colar reluzir. Era o que me intitulava oficialmente como Líder das Filhas das Trevas. Fechei os olhos e o trouxe até meus lábios, era meu próprio ritual pré entrada espetacular. Abri a caixa enveludada preta e tirei um belo par de brincos com pedras em um tom roxo escuro, eram simplesmente perfeitos, e esses completavam o visual. Olhei mais uma vez minha imagem refletida e ali estava minha marca. Como ela era perfeita. Prendi parte de meu cabelo perfeitamente loiro e perfeitamente liso no alto de minha cabeça, com uma grande presilha de prata pura junto a alguns cristais. Os traços de meu rosto pareceram diferentes se a presença de todo o meu cabelo e meus olhos azuis pareceram mais claros. Sim, ele não resistiria.
Toc-toc.
Qual era o problema das pessoas em dar privacidade? Sinceramente, parecia muuuuito difícil se desligarem um pouco de mim. Sorri para o espelho confiante e ouvi logo em seguida o caminhar de meu salto contra o chão perfeitamente encerado de meu quarto.
- Sim?- Eu perguntei a garota a minha frente. Ela não era muito mais baixa que eu, mas parecia um graveto de tão magra. Coitada dessa ai, quem gosta de osso é cachorro, e bem...aqui na Morada da Noite só tem gatos. Se eu não me engano ela era uma Filha das Trevas...sei lá, pouco me importava o que ela era, mas eu sabia o que ia se tornar se não desembuchasse logo o que queria. Só uma dica, começa com "GELA" e termina com "DEIRA".
- Erik...tá..tipo assim, te procurando lá embaixo.- Ela disse torcendo o nariz, provavelmente queria que Erik a procurasse.
Mas confesso que fiquei surpresa, ele não costumava me procurar antes dos rituais, normalmente nos encontrávamos apenas no templo de Nyx, uma vez que tanto eu quando ele éramos Filhos das Trevas. Bom, devia ser importante, era Erik...então digamos que eu não tinha escolha, e nesse caso não queria ter mesmo.
Sai do meu quarto sem se quer se preocupar em fechar porta e em dizer um "Obrigada" à garota, afinal se ela fosse mesmo uma Filha das Trevas ela só estava cumprindo com a missão de contribuir para a vida de sua líder, é, ou não é?
Erik estava sentado na mureta de pedra em frente ao dormitório, não parecia nem feliz, nem triste, parecia apenas ele, normal...sem muito entusiasmo. Me lembrei da noite em que brigamos nesse mesmo lugar e senti uma pontada no estômago, por que afinal ele queria me ver a essa hora? O que era tão importante?...Me perguntei se ia ser mais uma daquelas declarações, juro eu não agüentaria, muita melosidade para uma pessoa só.
- Oi, hotstuff!- Sorri de forma sexy assim que o chamei de gostosão, me aproximei em passos lentos. Ele não sorriu, mas também não fugiu e nem fez careta, era um começo. Sei o que vai dizer..."como você anda rebolando", mas me desculpa se eu tenho mais bunda que você e ela se modula perfeitamente e quer aparecer, é só pra quem pode, benzinho!
- Oi Aphrodite.- Ele soou frio, o que me pegou de surpresa, mas não desisti.
Cheguei a ficar muito perto dele. Apoiei minhas mãos em seu joelho e cheguei a roçar meu joelho na perna que ele parecia balançar impacientemente enquanto estava sentado na mureta.
- Não agüentou tanto tempo longe e veio me dar boa sorte?- Eu dei uma piscada maliciosa para ele junto a um sorrisinho de quanto da boca. Ele pareceu ceder por um instante e quase vi um sorriso, mas então ele pareceu se lembrar do que viera fazer ali e tirou minhas mãos, não grosseiramente, mas com certa força.
Encarei imediatamente seus olhos azuis que pareciam confusos.
- Cu doce agora, Erik!- Falei sem paciência e cruzei os braços. – Fala logo o que você quer...
Eu nunca corri atrás de homem, e minhas regras não mudariam só porque era Erik Night que estava a minha frente.
- Eu não acho que vá dar certo...- Ele começou dizendo, parecia que estava revelando um pensamento em voz alta.
- Eu também acho que não, porque não tenho paciência pra cu doce pra cima de mim. – Ele respirou fundo falando muito mais para mim agora do que para ele.
- Não isso...eu acho que talvez não dê certo a gente...- Ele mordeu o lábio inferior, parecia nervoso, talvez um pouco arrependido por ter vindo falar agora, ou talvez estivesse só me desejando por eu estar completamente impecável bem a sua frente.
Fiquei por um segundo sem fala. Como ele ousava tentar terminar comigo?Ninguém, simplesmente ninguém, terminava com Aphrodite Lafont. Caralho, era de mim que estávamos falando!
Não disfarcei meu olhar incrédulo para ele e por um monte senti todos os músculos de seu corpo ficarem tensos. Eu não iria ter mais uma briguinha com ele na frente do dormitório. Eu não iria o perder justo hoje, não daria o gostinho das outras de comemorarem. Eu não iria estragar meu ritual, era uma questão decidida, eu não iria.
Não disfarcei meu olhar incrédulo para ele e por um monte senti todos os músculos de seu corpo ficarem tensos. Eu não iria ter mais uma briguinha com ele na frente do dormitório. Eu não iria o perder justo hoje, não daria o gostinho das outras de comemorarem. Eu não iria estragar meu ritual, era uma questão decidida, eu não iria.
- Erik...eu—eu...eu não entendo. – Fiz meu drama particular, me fazendo de submissa pela primeira e única vez na vida.
- Você entende muito bem. Acha que é fácil ficar escutando dos outros novatos o quanto você é gostosa? Ou o sorriso que você lançou pra eles outro dia? Ou pior...em como eles "sonham" com você principalmente logo após esses rituais..- Ele desabafou e cada palavra parecia verdadeira.
Meu quantos anos Erik tinha? 8 anos? "Sonham"?...Que maneira mais ridícula de dizer que eles se trancavam no banheiro e...
-... eu gosto de você, gosto muito. Mas te quero como minha namorada e só minha.- Ele continuou com o blábláblá.
- Eu quero ser sua namorada! – Eu me ouvi dizendo ainda em meu papel ridículo de submissa. Cara, não acredito que eu estava fazendo isso. Mas foi a única solução que encontrei.
De repente vi seus olhos azuis se iluminaram e um sorriso feliz aparecer no canto de seus lábios. Retribui o sorriso e dei um suspiro o abraçando.
- Não quero ficar longe de você!...eu quero só você...- Sussurrei ao ouvido dele e completei com um leve beijo que dei em sua orelha. Eu disse que era boa com dramas reais.
Senti seus braços cheios de músculos me abraçarem. Como ele era forte. Ele colocou as mãos respeitosamente nas laterais de meu quadril ( que caretinha, credo!) e então beijou a maçã do meu rosto.
- Eu te amo. – Ele sussurrou, parecendo uma criança quando ganha doce depois de comer todo o almoço.
Ainda abraçada nele, eu encarava a porta do dormitório, esperando que a qualquer minuto uma daquelas vadias saíssem e me vissem agarrada ao meu namorado. Revirei os olhos com as palavras que ele disse, tentando controlar minha paciência, sorri com segundas intenções e então sussurrei da forma mais melosa que encontrei.
- Eu também te amo, Erik. – No mesmo instante algumas meninas saíram do dormitório, todas as pressas para o ritual, provavelmente. Cara, eu tinha que chegar lá logo, mas não sem deixar por menos.
Fechei os olhos e meus lábios encontraram por instinto os de Erik. Ele tinha aqueles lábios macios, gostosos...uiui.. O beijei com certa intensidade de cinema, fechando a cena em grande estilo. Pude sentir e ouvir os sussurros de quem passava por perto. Minha alma riu por dentro. Erik era meu, só meu.
E ai, o que acharam? Querem o terceiro?
Em breve o terceiro capítulo de Aphrodite's POV
Merry Meet, Merry Part, Merry Meet Again para todos!
vamos posta logo o terceiro ou me da o saiti da onde vc vem tirando isso antes que eu morra de coriusidade !!!!!!
ResponderExcluirVocê não tem idéia do quanto eu estou esperando ela me mandar. Também estou louca para ler :D:D
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