Gente ai está o primeiro capitulo traduzido de Awakened (Despertada) =D
CAPITULO UM
NEFERET
Neferet acorda em sua cama com certa irritação e procura tocar Kalona. Mas o braço que ela toca, por mais musculoso que seja não é de Kalona. E esse toque foi tudo o que precisou para que esse homem virasse para ela ansiosamente. Mas ele a irritava. Todos eles a irritavam, porque eles não eram ele.
“Deixe-me… Chronus” Neferet teve dar um tempo e procurar na sua memória para se lembrar do nome ridículo e ambicioso dele.
“Minha Deusa, eu fiz algo para lhe desagradar?” Neferet olhou pra ele com desprezo.
O jovem guerreiro Filho de Erebus estava inclinado na cama ao lado dela. Seu rosto bonito se abriu numa expressão disposta, seus olhos água-marinhos eram tão espetaculares no seu quarto quanto eram mais cedo naquele dia quando ela o havia visto treinar. Ele tinha despertado desejos nela então, e com apenas um olhar convidativo ele foi até ela por vontade própria. E futilmente, mas também ansiosamente, ele tentou mostrar que ele era deus mais do que apenas em seu nome. O problema era que Neferet dormiu com um imortal, e ela sabia intimamente o tanto que esse Chronus era um impostor.
“Respira” Neferet disse entediada.
“Respira, Deusa?” As suas sobrancelhas – decoradas por uma tatuagem que deveria representar força física, mas que para Neferet pareciam mais com os fogos de artifício do dia 4 de Julho (dia da independência dos EUA) – franziram em jeito de confusão.
“Você perguntou o que fez para me desagradar e eu te disse. Você respira. E muito próximo a mim. Isso me desagrada. É hora de partir da minha cama” Neferet suspira e abana seus dedos dispensando-o.
“Vá agora” Ela quase riu com a expressão de choque e mágoa nele. Será que ele realmente achou que poderia substituir seu consorte divino? Esse pensamento aumentou sua raiva. Nos cantos de sua câmara, sombras dentro das sombras tremiam em antecipação. Isso a agradava.
“Chronus, você me distraiu. E por um pequeno tempo você me deu um pouco de prazer” Neferet o tocou novamente, dessa vez não tão gentilmente. Seus dedos deixaram marcas no seu braço. O jovem guerreiro não se encolheu ou tirou seu braço, ao invés disso ele tremeu com seu toque e sua respiração aumentou. Neferet sorriu. Ela soube que ele precisava de dor para sentir desejo no momento em que seus olhos encontraram com os dela.
“Eu lhe daria mais prazer se você me permitisse” Ele disse.
Neferet sorriu, ela molhou seus lábios enquanto o via observá-la.
“Talvez no futuro, talvez. O que eu necessito de você agora é que me deixe. E é claro, que continue a me reverenciar”.
“Quando poderei mostrar o quanto eu a reverencio… novamente?” A ultima palavra foi dita como uma caricia. E enganosamente, ele procurou tocá-la, como se fosse seu direitor. Como se os desejos dela fossem menos importantes do que as necessidades e desejos dele. Um pequeno eco do passado de Neferet, uma época que ela achou ter enterrado junto de sua humanidade saiu de suas memórias.
Ela sentiu o toque de seu pai e até sentiu o cheiro de álcool em sua respiração, assim que a sua infância invadia seu presente. A resposta de Neferet foi instantânea. Ela tirou sua mão de Chronus e tocou as sombras que estavam em sua câmara. As trevas responderam ao seu toque até mais rapidamente do que Chronus. Ela sentiu o frio firme e se banhou na sensação, especialmente quando baniu suas memórias.
Com um movimento despreocupado ela lançou as trevas em Chronus, dizendo “Se é dor que você procura, então experimente o meu fogo frio”.
As Trevas que Neferet jogou em Chronus penetraram sua pele jovem ansiosamente, cortando em fatias vermelhas o braço que ela acariciou. Ele gemeu, apesar de dessa vez ser mais de medo do que de paixão.
“Agora faça como eu mando. Deixe-me. E lembre-se jovem guerreiro, uma Deusa escolhe quando, onde e como ela é tocada. Não se exceda novamente”.
Com o braço sangrando, Chronus se curvou a Neferet “Sim, minha Deusa”.
“Que Deusa? Seja especifico guerreiro. Eu não desejo ser chamada por títulos ambíguos”.
Sua resposta foi instantânea “A encarnada de Nyx. Esse é seu titulo minha Deusa”.
O olhar dela amoleceu, o rosto de Neferet relaxou em uma mascara de beleza. “Muito bem, Chronus. Muito bem. Vê como é fácil me agradar?” Chronus concordou com a cabeça e com o seu punho sobre o coração disse “Sim, minha Deusa. Minha Nyx” e saiu de sua câmara.
Neferet sorriu de novo. Não era importante o fato de ela não ser a encarnada de Nyx. Na verdade, Neferet não tinha interesse de ser colocada como a encarnada de uma Deusa.
“Isso implica que eu sou menos do que uma Deusa.” Ela disse para as sombras em sua volta.
O que era importante era o poder. E se o titulo lhe der a possibilidade da ideia de poder, especialmente com os Guerreiros Filhos de Erebus, esse era a titulo no qual ela seria chamada.
“Mas eu quero mais. Muito mais do que ficar na sombra de uma Deusa” Logo era estaria pronta para o próximo passo. E Neferet sabia que alguns dos Filhos de Erebus seriam manipulados em ficar ao seu lado. Apesar de não ser o suficiente para ganhar uma batalha, mas o suficiente para fragmentar a moralidade dos guerreiros, colocando irmão contra irmão. Homens, ela pensou, tão facilmente enganados pelas máscaras da beleza e título. E tão facilmente usados para a minha vantagem.
O pensamento a agradou, mas não foi suficiente para impedi-la de sair da cama. Ela envolveu um lençol em torno dela e moveu para o corredor. Antes de tomar consciência de suas ações ela estava indo para a escadaria que a levava até Kalona. Sombras seguiam Neferet. Imãs das trevas que se moviam atraídos pela sua agitação. Ela sabia que eles moviam com ela. Ela sabia que eles eram perigosos e que se alimentavam da sua incerteza, raiva, sua mente incessante. Mas estranhamente, ela achava a presença deles confortante. Ela pausou apenas uma vez.
“Porque eu estou indo novamente a ele? Porque eu estou o deixando invadir meus pensamentos hoje?” Neferet balançou sua cabeça como se para espantar esses pensamentos. Ela conversa então para as sombras que estavam ali. “Eu vou porque é o que desejo fazer. Kalona é meu consorte. Ele foi severamente ferido. É apenas natural que eu pense nele”.
Com um sorriso contente ela continuou seu caminho reprimindo a verdade. Kalona estava machucado porque ela o tinha aprisionado. E o serviço que ele fez por ela foi forçado. Ela chegou ao calabouço e moveu silenciosamente. O guerreiro que estava vigiando não conseguiu esconder a sua surpresa. Neferet sorriu. Aquele olhar surpreso e com um pouco de medo contou que ela estava ficando cada vez melhor em materializar em nada a não serem as sombras à noite. Isso melhorou seu humor. Mas não o suficiente para mudar o tom sério de comando de sua voz.
“Saia. Eu quero ficar sozinha com o meu consorte”.
O guerreiro pausou por apenas um segundo, mas essa pausa foi o suficiente para que Neferet fizesse uma nota mental de assegurar nos próximos dias que esse guerreiro em particular seria chamado de volta a Veneza. Talvez por causa de alguma emergência de alguém próximo a ele.
“Sacerdotisa, eu a deixo com sua privacidade, mas saiba que eu estarei ao alcance de sua voz e atenderei ao chamado caso precise de mim” Sem encontrar com os olhos dela o guerreiro colocou seu punho no seu peito e encurvou-se, mas não se encurvou o suficiente para agradá-la. Neferet o viu sair.
“Sim” ela diz as sombras “Eu posso sentir que algo bem trágico acontecerá à sua companheira”
Ela entrou no quarto. Kalona estava deitado no chão. Ela queria fazer uma cama para ele mas discrição ditou suas ações. Não é que ela estava deixando ele na prisão, ela estava apenas sendo inteligente. O melhor para ele era completar sua ação para ela. Se o seu corpo recuperar muito da sua força imortal seria uma distração para Kalona. Especialmente quando ele prometeu agir como sua espada no Outro mundo. E livrá-los da inconveniência que Zoey Redbird criou para eles nessa época, nessa realidade.
Neferet se aproximou do corpo. Ele estava deitado de frente, nu, tendo apenas suas asas para cobri-lo. Ela se ajoelhou e se inclinou de frente a ele embaixo de uma pele que ela ordenou para a sua conveniência. Neferet tocou o rosto dele. A sua pele estava fria como sempre foi, mas sem-vida. Ele não mostrou nenhuma reação a sua presença.
“O que está demorando tanto, meu amor? Você não conseguiu se livrar da criança irritante mais rapidamente?” Neferet o acariciou novamente, dessa vez sua mão passando para o seu peito e chegando ao seu abdômen e cintura. “Lembre-se de seu juramento e cumpra-o para que eu possa abrir meus braços e minha cama para você novamente. Por sangue e Trevas você jurou impedir Zoey Redbird de voltar ao seu corpo. E então a destruindo para que eu possa dominar esse mundo mágico moderno” Neferet acariciou de novo a cintura do imortal, sorrindo secretamente para si mesma. “E é claro. Você deverá estar ao meu lado enquanto eu dominar”.
Os fios negros que seguram Kalona e são invisíveis aos tolos Filhos de Erebus-que deviam ser os espiões do Alto Conselho-tremem e mudam, procurando e tocando seus tentáculos contra a mão de Neferet. Ela deixou que se envolvessem em seu pulso, cortando a sua carne superficialmente. Não o suficiente para causar dor que era insuportável, mas apenas o necessário para saciar temporariamente a sede por sangue. Lembre-se de seu juramento. As palavras foram sussurradas. Neferet franziu a testa. Ela não precisava ser lembrada. É claro que ela tinha consciência de seu juramento. Em troca das trevas fazer o aprisionamento do corpo de Kalona e levar sua alma ao Outro mundo, ela tinha concordado em sacrificar a vida de um inocente que as Trevas não conseguiram corromper. O juramento continua, a barganha continua mesmo se Kalona falhar. Novamente as palavras sussurram em volta dela.
“Kalona não falhará” Neferet gritou. Brava por que até mesmo as trevas tinham se atrevido a repreendê-la. “Como ele deve. Eu atei seu espírito como meu para comandar enquanto ele for imortal. Então mesmo caso ele falhe há vitória para mim. Mas-ele – não –irá –falhar “ Ela repetiu as palavras devagar e distintamente, conseguindo controle do seu temperamento volátil. As Trevas lamberam sua palma. A dor, pouca que era, a agradou e ela olhou para as sombras afetuosamente como elas fossem apenas gatinhos muito ansiosos lutando por sua atenção.
“Queridos, sejam pacientes. A missão não está completa. Meu Kalona ainda é uma carapaça. Eu posso apenas assumir que ela ainda esteja no Outro mundo não vivendo de verdade e infelizmente ainda não morta.” Os fios que seguravam seu pulso tremeram. E por um segundo Neferet pensou ter ouvido risadas rindo a alguma distancia. Mas ela não tinha tempo para considerar as implicações desse som. Caso era real ou apenas um elemento do mundo expansivo das trevas e poder que consumia cada vez mais o que ela conhecia como realidade.
Porque nesse instante o corpo de Kalona mexeu com espasmos e ele respirou com uma arfada. Sua visão foi instantaneamente para seu rosto. Para que ela testemunhasse seus olhos abrindo apesar de não serem nada mais do que buracos vazios.
“Kalona, meu amor.” Neferet estava de joelhos. Os fios que estavam em volta da mão de Neferet pulsaram com poder e Neferet se encolheu. Os tentáculos negros se juntaram as outras sombras que se posicionaram no teto. Antes de Neferet poder comandá-las e ordenar uma explicação para esse comportamento estranho, uma luz branca, tão brilhante que ela teve que fechar seus olhos, explodiu para o teto. Os fios capturaram e aprisionaram a luz. Kalona abriu a sua boca com um grito silencioso.
“O que é? Eu demando saber o que está acontecendo” Neferet bradou. O seu consorte retornou para a Tsi Sgili. Neferet olhou enquanto o globo de luz aprisionado foi deslocado no ar. E então com um terrível chiado, as trevas mergulharam a alma de Kalona em seus olhos e de volta a seu corpo. O imortal despertou em dor suas mãos foram para o seu rosto e sua respiração estava ofegante.
“Kalona, meu consorte!” Da mesma forma que ela agiria quando era uma jovem curandeira, Neferet pressionou suas palmas nas mãos de Kalona e rapidamente se restabeleceu. “Conforte-o. Remova sua dor. Faça com que sua agonia suma igual o sol avermelhado que se põe no horizonte” As sombras que envolviam Kalona começaram a diminuir instantaneamente. O imortal alado respirou fundo, e apesar de suas mãos tremerem ele segurou as mãos de Neferet fortemente, removendo-as de seu rosto. Seus olhos da cor âmbar estavam claros e coerentes. Ele era ele mesmo novamente.
“Você retornou a mim” Por um momento Neferet estava tão feliz que ele tinha acordado e estava coerente que ela quase chorou “Sua missão está completa” Neferet empurrou os tentáculos de sombra que se agarravam teimosamente no corpo de Kalona, estranhando, pois elas pareciam relutantes em largar o seu amante.
“Tire-me da terra” Sua voz estava grogue por desuso mais suas palavras eram lúcidas. “Para o céu. Eu preciso ver o céu”.
“Sim, é claro meu amor” Neferet abanou para a porta e ela se abriu.
“Guerreiro, o meu consorte está acordado. Ajude-o a chegar ao topo do telhado do castelo” O Filho de Erebus que a irritou recentemente obedeceu sem questionar nada. Mas Neferet percebeu que ele pareceu surpreso pela repentina reanimação de Kalona. Espere até saber de tudo, Neferet sorriu superiormente, daqui a muito pouco você e os outros guerreiros obedecerão apenas a mim, ou irão perecer. Esse pensamento a agradou enquanto ela seguia os dois homens até que eles chegaram ao topo do telhado. Já tinha passado da meia-noite, a lua estava no horizonte, amarela e pesada, mas ainda não cheia.
“Ajude-o até o banco. E então nos deixe” Neferet ordenou e apontou para o banco feito de mármore. Neferet acenou para o guerreiro apagando-o de seus pensamentos mesmo apesar de saber que ele iria notificar o Conselho que a alma de seu consorte havia voltado ao seu corpo. Isso não importava agora, isso pode ser lidado depois. Apenas duas coisas importam no momento.
Kalona voltou para ela. E Zoey Redbird estava morta.
“Deixe-me… Chronus” Neferet teve dar um tempo e procurar na sua memória para se lembrar do nome ridículo e ambicioso dele.
“Minha Deusa, eu fiz algo para lhe desagradar?” Neferet olhou pra ele com desprezo.
O jovem guerreiro Filho de Erebus estava inclinado na cama ao lado dela. Seu rosto bonito se abriu numa expressão disposta, seus olhos água-marinhos eram tão espetaculares no seu quarto quanto eram mais cedo naquele dia quando ela o havia visto treinar. Ele tinha despertado desejos nela então, e com apenas um olhar convidativo ele foi até ela por vontade própria. E futilmente, mas também ansiosamente, ele tentou mostrar que ele era deus mais do que apenas em seu nome. O problema era que Neferet dormiu com um imortal, e ela sabia intimamente o tanto que esse Chronus era um impostor.
“Respira” Neferet disse entediada.
“Respira, Deusa?” As suas sobrancelhas – decoradas por uma tatuagem que deveria representar força física, mas que para Neferet pareciam mais com os fogos de artifício do dia 4 de Julho (dia da independência dos EUA) – franziram em jeito de confusão.
“Você perguntou o que fez para me desagradar e eu te disse. Você respira. E muito próximo a mim. Isso me desagrada. É hora de partir da minha cama” Neferet suspira e abana seus dedos dispensando-o.
“Vá agora” Ela quase riu com a expressão de choque e mágoa nele. Será que ele realmente achou que poderia substituir seu consorte divino? Esse pensamento aumentou sua raiva. Nos cantos de sua câmara, sombras dentro das sombras tremiam em antecipação. Isso a agradava.
“Chronus, você me distraiu. E por um pequeno tempo você me deu um pouco de prazer” Neferet o tocou novamente, dessa vez não tão gentilmente. Seus dedos deixaram marcas no seu braço. O jovem guerreiro não se encolheu ou tirou seu braço, ao invés disso ele tremeu com seu toque e sua respiração aumentou. Neferet sorriu. Ela soube que ele precisava de dor para sentir desejo no momento em que seus olhos encontraram com os dela.
“Eu lhe daria mais prazer se você me permitisse” Ele disse.
Neferet sorriu, ela molhou seus lábios enquanto o via observá-la.
“Talvez no futuro, talvez. O que eu necessito de você agora é que me deixe. E é claro, que continue a me reverenciar”.
“Quando poderei mostrar o quanto eu a reverencio… novamente?” A ultima palavra foi dita como uma caricia. E enganosamente, ele procurou tocá-la, como se fosse seu direitor. Como se os desejos dela fossem menos importantes do que as necessidades e desejos dele. Um pequeno eco do passado de Neferet, uma época que ela achou ter enterrado junto de sua humanidade saiu de suas memórias.
Ela sentiu o toque de seu pai e até sentiu o cheiro de álcool em sua respiração, assim que a sua infância invadia seu presente. A resposta de Neferet foi instantânea. Ela tirou sua mão de Chronus e tocou as sombras que estavam em sua câmara. As trevas responderam ao seu toque até mais rapidamente do que Chronus. Ela sentiu o frio firme e se banhou na sensação, especialmente quando baniu suas memórias.
Com um movimento despreocupado ela lançou as trevas em Chronus, dizendo “Se é dor que você procura, então experimente o meu fogo frio”.
As Trevas que Neferet jogou em Chronus penetraram sua pele jovem ansiosamente, cortando em fatias vermelhas o braço que ela acariciou. Ele gemeu, apesar de dessa vez ser mais de medo do que de paixão.
“Agora faça como eu mando. Deixe-me. E lembre-se jovem guerreiro, uma Deusa escolhe quando, onde e como ela é tocada. Não se exceda novamente”.
Com o braço sangrando, Chronus se curvou a Neferet “Sim, minha Deusa”.
“Que Deusa? Seja especifico guerreiro. Eu não desejo ser chamada por títulos ambíguos”.
Sua resposta foi instantânea “A encarnada de Nyx. Esse é seu titulo minha Deusa”.
O olhar dela amoleceu, o rosto de Neferet relaxou em uma mascara de beleza. “Muito bem, Chronus. Muito bem. Vê como é fácil me agradar?” Chronus concordou com a cabeça e com o seu punho sobre o coração disse “Sim, minha Deusa. Minha Nyx” e saiu de sua câmara.
Neferet sorriu de novo. Não era importante o fato de ela não ser a encarnada de Nyx. Na verdade, Neferet não tinha interesse de ser colocada como a encarnada de uma Deusa.
“Isso implica que eu sou menos do que uma Deusa.” Ela disse para as sombras em sua volta.
O que era importante era o poder. E se o titulo lhe der a possibilidade da ideia de poder, especialmente com os Guerreiros Filhos de Erebus, esse era a titulo no qual ela seria chamada.
“Mas eu quero mais. Muito mais do que ficar na sombra de uma Deusa” Logo era estaria pronta para o próximo passo. E Neferet sabia que alguns dos Filhos de Erebus seriam manipulados em ficar ao seu lado. Apesar de não ser o suficiente para ganhar uma batalha, mas o suficiente para fragmentar a moralidade dos guerreiros, colocando irmão contra irmão. Homens, ela pensou, tão facilmente enganados pelas máscaras da beleza e título. E tão facilmente usados para a minha vantagem.
O pensamento a agradou, mas não foi suficiente para impedi-la de sair da cama. Ela envolveu um lençol em torno dela e moveu para o corredor. Antes de tomar consciência de suas ações ela estava indo para a escadaria que a levava até Kalona. Sombras seguiam Neferet. Imãs das trevas que se moviam atraídos pela sua agitação. Ela sabia que eles moviam com ela. Ela sabia que eles eram perigosos e que se alimentavam da sua incerteza, raiva, sua mente incessante. Mas estranhamente, ela achava a presença deles confortante. Ela pausou apenas uma vez.
“Porque eu estou indo novamente a ele? Porque eu estou o deixando invadir meus pensamentos hoje?” Neferet balançou sua cabeça como se para espantar esses pensamentos. Ela conversa então para as sombras que estavam ali. “Eu vou porque é o que desejo fazer. Kalona é meu consorte. Ele foi severamente ferido. É apenas natural que eu pense nele”.
Com um sorriso contente ela continuou seu caminho reprimindo a verdade. Kalona estava machucado porque ela o tinha aprisionado. E o serviço que ele fez por ela foi forçado. Ela chegou ao calabouço e moveu silenciosamente. O guerreiro que estava vigiando não conseguiu esconder a sua surpresa. Neferet sorriu. Aquele olhar surpreso e com um pouco de medo contou que ela estava ficando cada vez melhor em materializar em nada a não serem as sombras à noite. Isso melhorou seu humor. Mas não o suficiente para mudar o tom sério de comando de sua voz.
“Saia. Eu quero ficar sozinha com o meu consorte”.
O guerreiro pausou por apenas um segundo, mas essa pausa foi o suficiente para que Neferet fizesse uma nota mental de assegurar nos próximos dias que esse guerreiro em particular seria chamado de volta a Veneza. Talvez por causa de alguma emergência de alguém próximo a ele.
“Sacerdotisa, eu a deixo com sua privacidade, mas saiba que eu estarei ao alcance de sua voz e atenderei ao chamado caso precise de mim” Sem encontrar com os olhos dela o guerreiro colocou seu punho no seu peito e encurvou-se, mas não se encurvou o suficiente para agradá-la. Neferet o viu sair.
“Sim” ela diz as sombras “Eu posso sentir que algo bem trágico acontecerá à sua companheira”
Ela entrou no quarto. Kalona estava deitado no chão. Ela queria fazer uma cama para ele mas discrição ditou suas ações. Não é que ela estava deixando ele na prisão, ela estava apenas sendo inteligente. O melhor para ele era completar sua ação para ela. Se o seu corpo recuperar muito da sua força imortal seria uma distração para Kalona. Especialmente quando ele prometeu agir como sua espada no Outro mundo. E livrá-los da inconveniência que Zoey Redbird criou para eles nessa época, nessa realidade.
Neferet se aproximou do corpo. Ele estava deitado de frente, nu, tendo apenas suas asas para cobri-lo. Ela se ajoelhou e se inclinou de frente a ele embaixo de uma pele que ela ordenou para a sua conveniência. Neferet tocou o rosto dele. A sua pele estava fria como sempre foi, mas sem-vida. Ele não mostrou nenhuma reação a sua presença.
“O que está demorando tanto, meu amor? Você não conseguiu se livrar da criança irritante mais rapidamente?” Neferet o acariciou novamente, dessa vez sua mão passando para o seu peito e chegando ao seu abdômen e cintura. “Lembre-se de seu juramento e cumpra-o para que eu possa abrir meus braços e minha cama para você novamente. Por sangue e Trevas você jurou impedir Zoey Redbird de voltar ao seu corpo. E então a destruindo para que eu possa dominar esse mundo mágico moderno” Neferet acariciou de novo a cintura do imortal, sorrindo secretamente para si mesma. “E é claro. Você deverá estar ao meu lado enquanto eu dominar”.
Os fios negros que seguram Kalona e são invisíveis aos tolos Filhos de Erebus-que deviam ser os espiões do Alto Conselho-tremem e mudam, procurando e tocando seus tentáculos contra a mão de Neferet. Ela deixou que se envolvessem em seu pulso, cortando a sua carne superficialmente. Não o suficiente para causar dor que era insuportável, mas apenas o necessário para saciar temporariamente a sede por sangue. Lembre-se de seu juramento. As palavras foram sussurradas. Neferet franziu a testa. Ela não precisava ser lembrada. É claro que ela tinha consciência de seu juramento. Em troca das trevas fazer o aprisionamento do corpo de Kalona e levar sua alma ao Outro mundo, ela tinha concordado em sacrificar a vida de um inocente que as Trevas não conseguiram corromper. O juramento continua, a barganha continua mesmo se Kalona falhar. Novamente as palavras sussurram em volta dela.
“Kalona não falhará” Neferet gritou. Brava por que até mesmo as trevas tinham se atrevido a repreendê-la. “Como ele deve. Eu atei seu espírito como meu para comandar enquanto ele for imortal. Então mesmo caso ele falhe há vitória para mim. Mas-ele – não –irá –falhar “ Ela repetiu as palavras devagar e distintamente, conseguindo controle do seu temperamento volátil. As Trevas lamberam sua palma. A dor, pouca que era, a agradou e ela olhou para as sombras afetuosamente como elas fossem apenas gatinhos muito ansiosos lutando por sua atenção.
“Queridos, sejam pacientes. A missão não está completa. Meu Kalona ainda é uma carapaça. Eu posso apenas assumir que ela ainda esteja no Outro mundo não vivendo de verdade e infelizmente ainda não morta.” Os fios que seguravam seu pulso tremeram. E por um segundo Neferet pensou ter ouvido risadas rindo a alguma distancia. Mas ela não tinha tempo para considerar as implicações desse som. Caso era real ou apenas um elemento do mundo expansivo das trevas e poder que consumia cada vez mais o que ela conhecia como realidade.
Porque nesse instante o corpo de Kalona mexeu com espasmos e ele respirou com uma arfada. Sua visão foi instantaneamente para seu rosto. Para que ela testemunhasse seus olhos abrindo apesar de não serem nada mais do que buracos vazios.
“Kalona, meu amor.” Neferet estava de joelhos. Os fios que estavam em volta da mão de Neferet pulsaram com poder e Neferet se encolheu. Os tentáculos negros se juntaram as outras sombras que se posicionaram no teto. Antes de Neferet poder comandá-las e ordenar uma explicação para esse comportamento estranho, uma luz branca, tão brilhante que ela teve que fechar seus olhos, explodiu para o teto. Os fios capturaram e aprisionaram a luz. Kalona abriu a sua boca com um grito silencioso.
“O que é? Eu demando saber o que está acontecendo” Neferet bradou. O seu consorte retornou para a Tsi Sgili. Neferet olhou enquanto o globo de luz aprisionado foi deslocado no ar. E então com um terrível chiado, as trevas mergulharam a alma de Kalona em seus olhos e de volta a seu corpo. O imortal despertou em dor suas mãos foram para o seu rosto e sua respiração estava ofegante.
“Kalona, meu consorte!” Da mesma forma que ela agiria quando era uma jovem curandeira, Neferet pressionou suas palmas nas mãos de Kalona e rapidamente se restabeleceu. “Conforte-o. Remova sua dor. Faça com que sua agonia suma igual o sol avermelhado que se põe no horizonte” As sombras que envolviam Kalona começaram a diminuir instantaneamente. O imortal alado respirou fundo, e apesar de suas mãos tremerem ele segurou as mãos de Neferet fortemente, removendo-as de seu rosto. Seus olhos da cor âmbar estavam claros e coerentes. Ele era ele mesmo novamente.
“Você retornou a mim” Por um momento Neferet estava tão feliz que ele tinha acordado e estava coerente que ela quase chorou “Sua missão está completa” Neferet empurrou os tentáculos de sombra que se agarravam teimosamente no corpo de Kalona, estranhando, pois elas pareciam relutantes em largar o seu amante.
“Tire-me da terra” Sua voz estava grogue por desuso mais suas palavras eram lúcidas. “Para o céu. Eu preciso ver o céu”.
“Sim, é claro meu amor” Neferet abanou para a porta e ela se abriu.
“Guerreiro, o meu consorte está acordado. Ajude-o a chegar ao topo do telhado do castelo” O Filho de Erebus que a irritou recentemente obedeceu sem questionar nada. Mas Neferet percebeu que ele pareceu surpreso pela repentina reanimação de Kalona. Espere até saber de tudo, Neferet sorriu superiormente, daqui a muito pouco você e os outros guerreiros obedecerão apenas a mim, ou irão perecer. Esse pensamento a agradou enquanto ela seguia os dois homens até que eles chegaram ao topo do telhado. Já tinha passado da meia-noite, a lua estava no horizonte, amarela e pesada, mas ainda não cheia.
“Ajude-o até o banco. E então nos deixe” Neferet ordenou e apontou para o banco feito de mármore. Neferet acenou para o guerreiro apagando-o de seus pensamentos mesmo apesar de saber que ele iria notificar o Conselho que a alma de seu consorte havia voltado ao seu corpo. Isso não importava agora, isso pode ser lidado depois. Apenas duas coisas importam no momento.
Kalona voltou para ela. E Zoey Redbird estava morta.
Fonte aqui
Ahh,to muitooo curiosa para ler esse livro!*-*
ResponderExcluirsabe me disser em que dia o livro vai ghega no brasil?
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