Mesmo que Stephenie Meyer tenha encerrado sua história com vampiros publicando o último volume da saga “Crepúsculo” – “Amanhecer” – em 2008, a escritora viu seus feitos ecoarem por 2009. Não é para menos: o lançamento da versão cinematográfica de “Lua nova” aumentou a procura por seus livros e, só no Brasil, os quatro volumes da série de vampiros versão água-com-açúcar venderam mais de 2,5 milhões de exemplares este ano.
No embalo do sucesso editorial da coleção, foram lançados livros sobre os bastidores das filmagens de “Crepúsculo” e de “Lua nova” e até livros sobre curiosidades dos próprios livros. Isso sem falar no clássico “O morro dos ventos uivantes”, publicado pela inglesa Emily Brontë no século XIX, que ganhou uma nova edição com capa à “Crepúsculo” (ed. Leya) por simplesmente ser citado como o livro preferido dos personagens Bella e Edward.
Nos cinemas, a história de amor entre Edward, o vampiro adolescente vivido por Robert Pattinson, e a melancólica Bella Swan, de Kristen Stewart, fez, até o fechamento desta reportagem, US$ 626 milhões de dólares mundo afora. US$ 143 deles só no fim de semana da estreia nos Estados Unidos. Mas, se como diz o ditado não existe bônus sem ônus, 2009 não foi um ano só de flores para Stephenie Meyer. A autora foi seguidamente acusada de ter plagiado elementos de seus livros de outras histórias. Processada pela escritora Jordan Scott, que alegava plágio de passagens do seu livro “The nocturne” em “Amanhecer”, Stephenie foi inocentada.
Se uma batalha está ganha, outra do mesmo tipo ainda pode render pano para manga, ou melhor, para capa. Em entrevista à revista Megazine, em setembro deste ano, a autora dos também best-sellers da coleção “Diários do vampiro”, L. J. Smith, acusou Stephenie de ter se inspirado em sua história e a desafiou para um debate público. Até agora, nada, mas L. J. também não precisa de polêmicas para se sobressair. “Diários do vampiro” ganhou uma série de TV em 2009 (exibida no Brasil pelo Warner Channel) e reacendeu a busca pela série de livros voltadas ao público teen, publicada no começo da década de 90.
Mas não é só de adolescentes que se faz o público dos bons e velhos – e bota velhos nisso – vampiros. O ano também foi de fartura para os adultos. A segunda temporada de “True blood” alcançou altos índices de audiência na HBO americana. O episódio inicial da segunda fase foi assistido por 3.7 milhões de pessoas em junho deste, a maior audiência do canal desde o final de “Os Sopranos”. Desta vez, os vampiros sexies de Alan Ball (roteirista de “Beleza americana”) baseados nas histórias da escritora Charlaine Harris dividiram a atenção dos espectadores com mênades e representantes da igreja. O destaque ficou para milenar Eric Northman, vivido pelo bonitão Alexander Skarsgard.
Não dá para comparar o sucesso nas bilheterias de “Lua nova” com o do thriller sueco “Deixa ela entrar”, mas o principal está lá: vampiros. E vampiros de qualidade. Na história do filme sueco cultuado pela crítica, é uma jovem (na aparência) vampira que se envolve com um adolescente que sofre de bullying no colégio e o tira da solidão. Fofo, né?
Não é exatamente o caso de “Noturno”, primeira incursão do cineasta mexicano Guillermo del Toro pelo mundo literário e pelo universo dos descendentes de Conde Drácula, publicada em parceria com Chuck Hogan. O livro faz parte de uma trilogia em que chupadores de sangue assombram Nova York depois que a cidade é infestada por um vírus que provoca o vampirismo. Aqui, nada de ternura: os personagens sobrenaturais de Del Toro são repugnantes. Mas quem se importa?
Independentemente do estilo do vampiro, se certinho, bem penteado, malvado, sexy ou nojentão, a verdade é que eles vieram com tudo. E não vão devem ir embora tão cedo.
Créditos: Livros em Série
Matérial Original: O Globo
Via: House of NIght Site
Vampiros são espetaculares e ainda vão influenciar e estar presentes em muitas obras escritas, animadas ou cinegrafadas... ^^
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