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11 dezembro 2009

Continuação de A mordida

Como não encontrou, ele esticou meu braço e com a língua, lambeu a bolha de sangue que se formou ali.Após retirar o excesso, ainda com sede, ele sugou mais e mais sangue.
Aminha vida estava por um fio, que era manuseado por aquele ser que logo daria o puxão final, e terminaria com minha existência.Tinha que haver alguma saída, e havia.
Num movimento ousado, puxei meu braço ganhando mais um corte de seus afiados dentes e corri devagar por conta da fraqueza que consumia meu corpo, mais corri.
O escuro tomava minha direção algo incerto, mas o importante era me afastar dele e de qualquer perigo que ameaçasse meu futuro.
Nem era preciso olhar para trás para saber que ele estava me perseguindo.Sabendo disso, entrei na primeira porta que vi, e como todo o lugar, estava um breu, pelo menos eu devia estar segura ali.
A noção de perigo real era torturante, fazendo-me pensar até em suicídio, no momento a forma menos dolorosa de morrer.Sem mais esperança, comecei a chorar, um choro vazio e sem expressão.
Em um estrondo a porta voou de encontro a parede, onde espatifou-se, com os olhos ainda cheios de lágrimas o fitei com todo o meu ódio.”Desgraçado, se pensa que vou sozinha, está enganado”,pensei.
Ele por outro lado, encarava-me cheio de desejo, agora que havia achado o seu lanchinho desaparecido e ainda por cima encurralado, era perfeito para ele.
Com passos pequenos ele se aproximava, me analisando de cima a baixo.A minha adrenalina foi o último nível, trazendo meus movimentos de volta a meu corpo,nisso a inerência entre nós era mínima e assustadora, até que diante de mim, com um sorriso ameaçador ele simplesmente disse:
_Seu sangue é bom.
E partiu em minha direção, mal pude me mexer porque de repente estava envolvida em um abraço mortal seguido de um gesto de carinho estranho, onde ele passava os lábios e a ponta de seu nariz sobre a pele de meu pescoço até que ele se afastou um pouco e lambeu novamente.
Estremeci com o toque.
_Gostou?-perguntou-me.
Nem pude responder, já que o suave toque fora substituído por uma forte mordida.Lentos, porém, perceptíveis, desse modo percebi que seus dentes faziam um leve movimento de morder e sugar a ferida, era tão estranho, e tudo isso com os braços fortemente agarrados a minha cintura.
Eu era impotente diante dele, fazendo-me desistir de qualquer ideia de fuga, logo que poderia fazer o que quisesse com meu corpo, agora relaxado e proto a espera da morte certa.
_Por quê?-Murmurei, e para responder, ele tirou bruscamente seus dentes de meu pescoço.
_Não é nada contra você... É só instinto.-Somente por isso ele iria me matar?-Você te m um gosto tão bom, é tão provocante.
Ri de um jeito cansado.
_Você é muito mal-disse.
_Não, não sou tão mal assim, vou deixar você viver.
_Viver?-Ele iria mesmo me deixar viver?
_É. Do meu jeito.
_Não acredito.Você não tem esse direito.É crueldade.
_Não, olha, vai ser uma nova vida, eu cuido de você.Vai ser ótimo.-Ele falava com um entusiasmo que eu, com certeza não tinha.
_Por enquanto relaxe, só vou beber um pouco de sangue, estou precisando, mas você pode dormir agora.
Depois disso, tudo escureceu.

Continua...

Juliana Bravo
Francisco Morato-SP

Merry Meet, Merry Part, Merry Meet Again para todos!!

3 comentários:

  1. Olá!

    Encontrei o blog de vocês por acaso e sou apaixaonada pela série!
    O blog é maravilhoso!
    Estarei sempre por aqui!

    Bjusss e Merry Meet, Merry Part, Merry Meet

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  2. nuuss e eu que pensei que acompanhasse todas as ficções aqui do blog O.O, gostei dessa tbm ^^

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  3. não vão continuar a ficção? :/
    ah por favor ^^

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